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Melatonina: o que é, para que serve e possíveis efeitos colaterais

Entenda os benefícios, indicações e cuidados ao consumir o suplemento.


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A melatonina é um hormônio produzido naturalmente pelo corpo humano. Também conhecido como hormônio do sono, uma de suas funções básicas é induzir a pessoa a dormir. Ela está relacionada com a regulação do metabolismo ao longo do dia, o que inclui os períodos em que a pessoa está dormindo ou acordada.

Sua ação de indução do sono fez com que indústrias farmacêuticas lançassem sua versão sintética, amplamente vendida como suplemento em outros países, como Estados Unidos e Europa.

No Brasil, a venda do suplemento hormonal só foi regulamentada e autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2021, sendo destinada exclusivamente para pessoas com idade igual ou maior que 19 anos e para o consumo diário de no máximo 0,21mg. Além disso, o produto tópico feito em farmácias de manipulação já foi liberado para comercialização com receita médica.


Para que serve a melatonina

A melatonina é um hormônio ligado ao ciclo circadiano, ou seja, a forma como o organismo organiza suas funções quando estamos acordados e durante o sono.

A substância começa a ser produzida na glândula pineal quando o dia escurece, para ajudar o organismo se preparar para dormir. Ela atinge seu nível máximo quando estamos dormindo.

Com o nascer do sol e a volta da claridade, a glândula reduz a produção de melatonina, o que sinaliza que é o momento de acordar.

Por regular as funções do sono em todo o organismo, a maior parte dos órgãos possuem receptores para a melatonina.

Acredita-se que ela também tenha funções de regeneração celular e também ajude a combater inflamações no organismo.

Como hoje temos cada vez mais estímulos luminosos mesmo durante a noite, com a televisão, computadores e o uso constante do celular, algumas pessoas podem ter uma produção menor ou mais irregular da melatonina.


Indicações da suplementação de melatonina

Como a melatonina é um hormônio relacionado ao ciclo do sono, hoje essa substância é indicada para quem tem dificuldade de começar a dormir, de manter o sono ou de ter um descanso de qualidade durante a noite. Isso inclui as seguintes pessoas:

  • Idosos, que costumam ter a melatonina mais baixa naturalmente;

  • Pessoas que trabalham em turnos noturnos e precisam dormir durante o dia;

  • Vespertinos, ou seja, pessoas que só conseguem dormir e acordar mais tarde;

  • Viajantes que precisam se recuperar do jet lag ou querem prevenir esse problema com os fusos horários;

  • Pessoas com alguns graus de cegueira, que devido à má percepção de luminosidade têm dificuldades em produzir o hormônio.

Vale lembrar que melatonina pode ser interessante para o tratamento de alguns tipos de insônia, mas não funciona com todas, já que sua eficiência só é comprovada na indução inicial do sono.

Um estudo publicado na "Genes and Cancer", feito por pesquisadores da Michigan State University (MSU), indica também que a melatonina, pode suprimir o crescimento de tumores cancerígenos na mama. Segundo David Arnosti, coautor do estudo, o que torna este trabalho tão especial é a compreensão do comportamento dos genes em seu ambiente natural e como eles interagem mediante a uma doença. Veja mais detalhes aqui.

Além disso, é importante ressaltar que a melatonina indicada para suplementação é uma dose muito maior do que o corpo libera.

Estima-se que toda noite a glândula pineal solte para o organismo 0,1 mg de melatonina, e os compridos de hoje podem ter até 3 mg da substância. Por isso é importante seguir uma indicação médica ao consumi-la.


Como consumir

A melatonina é vendida no exterior em doses de até 10 miligramas. Normalmente quando ela é indicada para problemas do sono, os médicos orientam a consumir até 3 mg ao dia, entre uma e duas horas antes de dormir.

Quando falamos em crianças, não há uma dosagem atualmente considerada segura, e o ideal é não oferecer esse suplemento hormonal a elas.


Quais são os efeitos colaterais da melatonina?

Um dos principais efeitos colaterais do uso da melatonina é dores de cabeça e indisposição gástrica, segundo explica Custodio Michailowsky. Também é possível que algumas pessoas sintam tontura e náusea.

No entanto, consumir o hormônio sem orientação, e em horários e dosagens não recomendadas também pode gerar consequências.

"A produção de melatonina depende de cada indivíduo e a suplementação do hormônio, sem orientação médica, pode ser exagerada", alerta Fernando Gomes, médico neurologista e neurocirurgião.

Especialistas enfatizam que mais estudos são necessários para obter uma imagem mais clara dos potenciais efeitos colaterais da melatonina, especialmente quando usada a longo prazo.

Além disso, alguns pacientes relatam uma maior produção de sonhos quando consomem o suplemento. Já as crianças podem ter um aumento nos pesadelos durante a noite.


Contraindicações da melatonina

A melatonina sintética é contraindicada para pessoas com histórico de angina e infarto.


Fontes consultadas

Neurologista Rosa Hasan (CRM-SP 55.795), especialista em medicina do sono e responsável pelo Laboratório do Sono do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo (HC - FMUSP)

Endocrinologista Andressa Heimbecher (CRM-SP 123579), doutoranda em endocrinologia na Universidade de São Paulo

Farmacêutica Luisa Saldanha, diretora da rede de farmácia de manipulação Pharmapele


Fonte: www.minhavida.com.br




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